PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
SECRETARIA
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E ESPORTES
SECRETARIA
MUNICIPAL DE CULTURA, TURISMO, JUVENTUDE E MULHERES
Projeto
Aprendizado de Galpão
Canguçu, fevereiro de 2013.
PROJETO “APRENDIZADO
DE GALPÃO”
1.
Identificação
do Projeto
1.1.
Nome
do Projeto:
Aprendizado de Galpão
1.2.
Coordenação
do Projeto:
Prefeitura Municipal de Canguçu, através da Secretaria Municipal de Educação e
Esportes e Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Juventude e Mulheres.
1.3.
Parceiros: Entidades Tradicionalistas de
Canguçu, através de suas patronagens, associados e departamentos;
1.4.
Público
Alvo: Alunos das
Escolas Municipais, jovens e adultos das entidades tradicionalistas e
comunidade escolar.
1.5.
Período
de Execução: Março 2013 a Dezembro de 2016.
1.6.
Locais
de Planejamento e Execução:
Escolas e Sedes Sociais e Campeiras das Entidades Tradicionalistas.
1.7.
Assessoria
e Acompanhamento da Execução do Projeto: Prof. Claudiomar Pinto de Oliveira
2.
Fundamentação
Teórica
Os Usos e
Costumes do povo gaúcho são ainda vivenciados por muitos de forma natural no
dia a dia. Mas observamos que este grupo de pessoas aos poucos está diminuindo
na sua originalidade e gerações que vão surgindo estão absorvendo influências
estranhas a nossa cultura.
Buscamos
embasamento na Tese “O Sentido e o Valor do Tradicionalismo” de Barbosa Lessa,
que fez sua publicação em 1954 e desde então tem sido cada vez mais atual
quanto à preocupação de mantermos a nossa identidade. Destacamos alguns trechos
da tese:
“A cultura, assim, tem por finalidade adaptar o
indivíduo não só ao seu ambiente natural, mas também ao seu lugar na sociedade.
Toda a cultura inclui uma série de técnicas que ensinam ao indivíduo, desde a
infância, a maneira como comportar-se na vida grupal. E graças à Tradição, essa
cultura se transmite de uma geração a outra, capacitando sempre os novos
indivíduos a uma pronta integração na vida em sociedade.
. . .Sociólogos de renome afirmam que a desintegração
social, característica de nossa época, é devida a dois fatores:
Primeiro: o enfraquecimento das culturas
locais.Segundo: o desaparecimento gradativo dos "Grupos Locais"
comunidades transmissoras de cultura.
. . .o cerne cultural dá,
aos indivíduos, a unidade psicológica essencial ao funcionamento da sociedade.
. . . Quando a cultura de determinado povo é invadida
por novos hábitos e novas idéias, duas coisas podem ocorrer: se o patrimônio
tradicional dessa cultura é coerente e forte, a sociedade só tem a lucrar com o
referido contato, pois sabe analisar, escolher e integrar em seio aqueles
traços culturais novos que, dentre muitos, realmente sejam benéficos à
coletividade; se , porém, a cultura invadida não é predominante e forte, a confusão
social é inevitável: idéias e hábitos incoerentes sufocam o núcleo cultural,
desnorteando os indivíduos, e fazendo-os titubear entre as crença e valores
mais antagônicos. Quem mais sofre com essa confusão social - acentua o
sociólogo Donal Pierson - são as crianças e os adolescentes, os responsáveis
pela sociedade do porvir.
Crescendo nessas circunstâncias, a criança não sabe
como agir, não é capaz de assumir, em seu espírito, qualquer expectativa clara
de comportamento. E assim se originam, entre outros, os problemas da
delinqüência juvenil, resultados de uma desintegração social.
. . . As duas
unidades mais sociais mais importantes, como transmissoras de cultura, são a
"família" e o "grupo local". Através dessas duas unidades,
o indivíduo recebe, com maior intensidade, a sua "herança social".
São exemplos de "grupo local", em nossa
sociedade, o "vizindário" ou "pago" das populações rurais,
bem como as pequenas vilas do interior, ou ainda (um exemplo do passado) os
bairros com vida própria das cidades de há alguns anos atrás. Por "grupo
local" entende-se o agregado de famílias e de indivíduos avulsos que vivem
juntos em certa área, compartilhando hábitos e noções comuns.
. . . Nas zonas rurais, os
"grupos locais" ainda conservam um pouco de sua função como
portadores de cultura; mas, em geral - devido ao afluxo de Alternativas - os
jovens discordam dos padrões culturais antigos.
. . . Através da atividade artística, literária,
recreativa ou esportiva, que o caracteriza - sempre realçando os motivos
tradicionais do Rio Grande do Sul - o Tradicionalismo procura, mais que tudo,
reforçar o núcleo da cultura rio-grandense, tendo em vista o indivíduo que
tateia sem rumo e sem apoio dentro do caos de nossa época.
E, através dos Centros de Tradições, o Tradicionalismo
procura entregar ao indivíduo uma agremiação com as mesmas características do
"grupo local" que ele perdeu ou teme perder: o " pago".
Mais que o seu "pago", o pago das gerações que o precederam.
Cada Centro de Tradições
Gaúchas, em si, é um novo "Grupo Local".
. . . Tradicionalismo pode constituir-se na maior
força a auxiliar o Estado na resolução dos problemas cruciais da coletividade.
. . . E ao dizermos isso, estamos acentuando o erro
daqueles que acreditam ser o Tradicionalismo uma tentativa estéril de
"retorno ao passado". A realidade é justamente o oposto: o Tradicionalismo
constrói para o futuro.
. . . "Tradicionalismo é o movimento popular que
visa auxiliar o Estado na consecução do bem coletivo, através de ações que o
povo pratica (mesmo que não se aperceba de tal finalidade) com o fim de
reforçar o núcleo de sua cultura: graças ao que a sociedade adquire maior
tranqüilidade na vida comum".
Para alcançar seus fins, o Tradicionalismo serve-se do
Folclore, da Sociologia, da Arte, da Literatura, do Esporte, da Recreação, etc.
Tradicionalismo não se confunde, pois, com Folclore, Literatura, Teatro, etc.
Tudo isso constitui MEIOS para que o Tradicionalismo alcance seus fins. Não se
deve confundir o Tradicionalismo, que é um movimento,, com o Folclore, a
História, a Sociologia, etc., que são ciências. Não se deve confundir o
folclorista, por exemplo, com o tradicionalista: aquele é o estudioso de uma ciência,
este é o soldado de um movimento. Os Tradicionalistas não precisam tratar cientificamente
o folclore; estarão agindo eficientemente se servirem dos estudos dos folcloristas,
como base de ação, e assim reafirmarem as vivências folclóricas no próprio seio
do povo.
As duas grandes questões do
tradicionalismo:
a) atenção especial às novas gerações
Deve, o Tradicionalismo, operar com intensidade no
setor infantil ou educacional, para que o movimento tradicionalista não
desapareça com a nossa geração. Porque nós - os tradicionalistas de primeira
arrancada - entramos para os Centros de Tradições Gaúchas movidos pela
necessidade psicológica de encontrar o "grupo local" que havíamos
perdido ou que temíamos perder. Mas as gerações novas não chegaram a conhecer o
grupo local como unidade social autêntica, e somente seguirão nossos passos por
força de impulsos que a educação lhes ministrar.
Por isso não temo afirmar que o dia mais glorioso para
o movimento tradicionalista será aquele em que a classe de Professores
Primários do Rio Grande do Sul - consciente do sentido profundo desse gesto, e
não por simples atitude de simpatia - oferecer seu decisivo apoio a esta campanha
cultural.
Aliás, não se concebe que as Escolas Primárias
continuem por mais tempo apartadas do movimento tradicionalista. Pois a maneira
mais segura de garantir à criança o seu ajustamento à sociedade é precisamente
fazer com que ela receba, de modo intensivo, aquela massa de hábitos, valores,
associações e reações emocionais - o patrimônio tradicional, em suma -
imprescindíveis para que o indivíduo se integre eficientemente na cultura
comum.
b) assistência ao homem do campo
A idéia nuclear das Tradições
Gaúchas é a figura do campeiro das nossas estâncias. Por isso, é sumamente
necessário que o Tradicionalismo ampare social e moralmente o homem do campo.
. . . Daí a razão por que
precisamos mostrar às novas gerações - bem como àqueles que, vindos de terras
distantes, acorrerem à nossa querência - que as tradições gaúchas são realmente
belas, e que o gaúcho merece realmente a nossa admiração.
. . . Prestigiando as
tradições gaúchas e prestando assistência moral e social ao homem do campo, o
Tradicionalismo estará contribuindo de maneira inestimável para a solução do
problema que ora sufoca a nossa vida econômica: o êxodo rural, a crise agrícola.
. . . Assim sendo, se o campesino se considera
inferior ao citadino, mais cedo ou mais tarde tentará procurar a cidade, para
ali competir com quem lhe rouba a posição social.
Prestigiando as tradições
gaúchas, e prestando assistência moral e social ao homem do campo, o
Tradicionalismo estará convencendo o campesino da dignidade e importância do
seu "status".
O sr. Jarbas
Lima na sua tese: “O sentido e o alcance social do tradicionalismo”, concluída
em 1998, nos instiga às seguintes reflexões ou conclusões:
. . .Entre os seres humanos, a principal unidade de
luta pela vida não é o indivíduo, mas o grupo, a sociedade.
. . .O tradicionalismo é, pois, um movimento que ser
caracteriza por identificar os valores da tradição inseridos no plano da
cultura da sociedade Riograndense, com o intuito de preservá-los, difundi-lo,
organizá-los.
. . .Se os valores da tradição situam-se no plano da
cultura, convém lembrar que é a cultura que distingue e identifica os povos.
. . . Destaco os valores básicos da tradição gaúcha: o
espírito associativo, o nativismo, o respeito à palavra dada, a defesa da
honra, a coragem, o cavalheirismo, a conduta ética, o amor à liberdade, o
sentimento de igualdade, a politização, o senso de modernidade.
. . .Pelo princípio da identidade, todo movimento
social tem que assumir uma identidade, reconhecível aos olhos do público em
geral e de seus próprios participantes. . . e o MTG se encontra nesta
categoria.
Principalmente
nestas duas teses e com os objetivos da Carta de Princípios, é que fundamentamos
a importância da relação Escola - CTG (Centro de Tradições Gaúchas), na forma
mais ampla possível.
3.
Justificativa
Ainda existe, por parte de alguns, a
idéia errônea de que ao falar em tradição, estamos falando em algo velho,
empoeirado, contrário ao desenvolvimento e pobre de significado nos dias
atuais. Seria então o progresso algo novo e não baseado em crenças e costumes
dos antepassados, algo que acompanhasse o tempo e suas inovações? Acompanhando
esta idéia, o Tradicionalismo seria desta forma, um obstáculo ao progresso,
apenas um saudosismo? O progresso seria o modismo e todos os modelos que nos
vem importados de outros paises como vestimentas, músicas, danças, etc.?
Tradição, porém, significa o ato de
transmitir ou entregar. Em outras palavras, podemos conceituar tradição
como uma linha invisível que une o passado, o presente e o futuro de um povo, entregando
ou transmitido o que foi bom, aperfeiçoando no presente e projetando o futuro,
baseado no que deu certo; indica, enfim, aquilo que marca profundamente a
"alma" de um país e sua identidade como nação.
A tradição cultua valores que se
mantêm ao longo das gerações, e algo que se modifica com elas. Pressupõe uma
mesma identidade sendo projetada ao longo dos séculos; em outras palavras,
significa fazer dos descendentes uma continuação.
É através da tradição que o progresso
se faz com segurança, iluminado pelas experiências do passado, pensando o
futuro, consolidando a identidade de um povo.
O Canguçu é privilegiado com a
existência de várias Entidades Tradicionalistas, quer sejam CTGs ou Piquetes,
tanto na zona urbana quanto rural do nosso município. E estes ao buscar o
processo de reconhecimento e filiação ao MTG, firmam compromisso de zelar,
preservar e difundir os Usos e Costumes do Rio Grande do Sul de forma correta e
autêntica, cumprindo assim o seu papel cultural e ao mesmo tempo social em sua
comunidade.
Nossas
escolas, quase na sua totalidade, já desenvolvem algumas atividades ligadas ao Tradicionalismo
Gaúcho, principalmente voltadas à participação na Ciranda Estudantil Nativista
– CIENA, com o empenho dos professores e comunidade, as quais entendemos que
muito mais fariam tendo o apoio e acompanhamento na construção deste trabalho.
Muitas das nossas
escolas estão localizadas nas proximidades destas entidades, tendo oportunidade
de conhecer e explorar estes espaços, mas na maioria das vezes este elo de
aproximação não acontece e os nossos jovens acabam não tendo acesso a toda uma
organização cultural e intelectual que muito acrescentaria na sua formação
cidadã.
As entidades,
no entanto, muitas vezes com suas patronagens ligadas mais diretamente a uma
administração interna, não buscam na escola um público para apreciar, conhecer
e acrescentar em seus propósitos tradicionalistas.
Com base no
acima exposto, o projeto “Aprendizado de Galpão”, visa dar significado ao
Folclore e a Cultura Tradicional Gaúcha no ambiente escolar ligando diretamente
com as Entidades Tradicionalistas, buscando um espaço para preservá-la e vivenciá-la,
uma vez que Tradição e Folclore é um legado muito forte, e devem ser mais valorizados
e pelo fato de termos duas instituições tão próximas geograficamente e tão
distante de interação é que justificamos a execução deste projeto, que
propiciará a soma de valores entre os envolvidos.
4. Objetivos
4.1.
Trabalhar
integradamente a Secretaria Municipal de Educação e Esportes, com a Secretaria
Municipal de Cultura, Turismo, Juventude e Mulheres.
4.2.
Incluir
a Cultura Gaúcha, no processo educacional no município.
4.3.
Oportunizar
a vivência dentro do ambiente escolar, da cultura e tradição de nosso povo.
4.4.
Integrar
as Escolas com os Centros de Tradições Gaúchas - CTGs.
4.5.
Organizar
períodos letivos, nas sedes das Entidades Tradicionalistas.
4.6.
Oferecer
subsídios de preparo para a Ciranda Estudantil Nativista.
4.7.
Despertar
e valorizar os talentos artísticos de nossos estudantes.
4.8.
Desenvolver
atividades artísticas, culturais, campeiras e de esportes da Tradição Gaúcha.
4.9.
Conhecer
e cumprir diretrizes do Tradicionalismo Gaúcho.
4.10. Contribuir na organização e na participação
das escolas dos Festejos Farroupilhas.
4.11. Oferecer acompanhamento e subsídios às escolas
para a execução deste projeto.
4.12. Proporcionar o intercâmbio entre Escola – CTG.
4.13. Auxiliar as Entidades Tradicionalistas na
organização dos seus Departamentos artísticos-culturais, principalmente.
4.14. Manter um Blog informativo de todas as
atividades do Projeto, www.aprendizadodegalpao.blogspot.com e
por email:
aprendizadodegalpao@gmail.com
4.15.
Buscar patrocínios ou convênios para
confeccionar material de divulgação e registro dos trabalhos dos alunos, tais
como folders, cartazes, adesivos e etc.
4.16. Organizar visitas e excursões a pontos
históricos no município e cidades históricas;
4.17. Estudar e conhecer as culturas formadoras do
nosso município e estado.
4.18.
Levar
o educando a compreender que as manifestações folclóricas são próprias de cada
povo e que, assim sendo, nosso Estado bem como nosso município as possuem e que
estas diferem de outros estados e municípios.
4.19.
Valorizar os conhecimentos, crenças e costumes
de gerações passadas ;
4.20. Fomentar a pesquisa sobre Usos e Costumes do
Gaúcho.
4.21. Buscar a participação da família e da
comunidade, na execução deste projeto.
4.22. Captar recursos através de Programas
Educacionais Institucionais, para custear prováveis despesas com palestrantes,
aluguéis, oficineiros e outros.
4.23.
Observar a Carta de Princípios do
Tradicionalismo, de Glaucus Saraiva, de 1961, que fixa os objetivos do
Movimento Tradicionalista Gaúcho, principalmente nos seguintes itens:
4.23.1.
II
- Cultuar e difundir nossa História, nossa formação social, nosso folclore,
enfim, nossa Tradição, como substância basilar da nacionalidade.
III
- Promover, no meio do nosso povo, uma retomada de consciência dos valores
morais do gaúcho.
IV
- Facilitar e cooperar com a evolução e o progresso, buscando a harmonia
social, criando a consciência do valor coletivo, combatendo o enfraquecimento
da cultura comum e a desagregação que daí resulta.
VI
- Preservar o nosso patrimônio sociológico representado, principalmente, pelo
linguajar, vestimenta, arte culinária, forma de lides e artes populares.
VII
- Fazer de cada CTG um núcleo transmissor da herança social e através da prática
e divulgação dos hábitos locais, noção de valores, princípios morais, reações
emocionais, etc.; criar em nossos grupos sociais uma unidade psicológica, com
modos de agir e pensar coletivamente, valorizando e ajustando o homem ao meio,
para a reação em conjunto frente aos problemas comuns.
VIII
- Estimular e incentivar o processo aculturativo do elemento imigrante e seus
descendentes.
IX
- Lutar pelos direitos humanos de Liberdade, Igualdade e Humanidade.
X
- Respeitar e fazer respeitar seus postulados iniciais, que têm como característica
essencial a absoluta independência de sectarismos político, religioso e racial.
XI
- Acatar e respeitar as leis e poderes públicos legalmente constituídos,
enquanto se mantiverem dentro dos princípios do regime democrático vigente.
XVI
- Repudiar todas as manifestações e formas negativas de exploração direta ou
indireta do Movimento Tradicionalista.
XVIII
- Incentivar, em todas as formas de divulgação e propaganda, o uso sadio dos autênticos
motivos regionais.
XIX
- Influir na literatura, artes clássicas e populares e outras formas de
expressão espiritual de nossa gente, no sentido de que se voltem para os temas
nativistas.
XX
- Zelar pela pureza e fidelidade dos nossos costumes autênticos, combatendo
todas as manifestações individuais ou coletivas, que artificializem ou
descaracterizem as nossas coisas tradicionais.
XXI
- Estimular e amparar as células que fazem parte de seu organismo social.
XXII
- Procurar penetrar a atuar nas instituições públicas e privadas, principalmente
nos colégios e no seio do povo, buscando conquistar para o Movimento
Tradicionalista Gaúcho a boa vontade e a participação dos representantes de
todas as classes e profissões dignas.
XXIII
- Comemorar e respeitar as datas, efemérides e vultos nacionais e, particularmente
o dia 20 de setembro, como data máxima do Rio Grande do Sul.
XXIV
- Lutar para que seja instituído, oficialmente, o Dia do Gaúcho, em paridade de
condições com o Dia do Colono e outros "Dias" respeitados publicamente.
XXV
- Pugnar pela independência psicológica e ideológica do nosso povo.
XXVI
- Revalidar e reafirmar os valores fundamentais da nossa formação, apontando às
novas gerações rumos definidos de cultura, civismo e nacionalidade.
XXVII
- Procurar o despertamento da consciência para o espírito cívico de unidade e
amor à Pátria.
XXIX
- Buscar, finalmente, a conquista de um estágio de força social que lhe dê ressonância
nos Poderes Públicos e nas Classes Rio-Grandenses para atuar real, poderosa e
eficientemente, no levantamento dos padrões de moral e de vida do nosso Estado,
rumando, fortalecido, para o campo e homem rural, suas raízes primordiais,
cumprindo, assim, sua alta destinação histórica em nossa Pátria.
5.
Metodologia
Inicialmente
organizaremos um mapeamento geográfico de proximidades e afinidades entre
escolas e entidades, para sugestionar as inter-relações.
Após faremos uma reunião com as Entidades
Tradicionalistas, que possuam sede social ou campeira e que estejam
regularmente filiadas à 21ª Região Tradicionalista e ao MTG – Movimento
Tradicionalista Gaúcho, para oficializarmos o convite de parceria para a
realização de contatos interativos com as escolas de maior proximidade e afinidades,
onde estarão colocando suas sedes a disposição das escolas, para dias de
visitas e realização de oficinas, palestras, amostras, apresentações, práticas
campeiras, esportivas e etc., ou seja, a realização de dia letivo para esta
escola.
Durante um
período anterior as escolas irão internamente se preparando para este dia e
mantendo contato com a Entidade para organizarem a logística do evento.
Da mesma forma
a Entidade Tradicionalista buscará entre os seus associados, pessoas com
habilidades de cunho tradicional que possam demonstrar e ministrar oficinas aos
jovens. Oportunidade ainda que os seus titulados, possam realizar os seus
projetos de titulação.
Também
buscaremos a parceria de tradicionalistas da 21ª RT e de outros conhecedores da
cultura gaúcha, para ministrar as oficinas, amostras ou palestras.
O organograma
de cada Escola/Entidade será organizado em combinação de ambas as partes e
comunicado com antecedência a Secretaria de Educação, para organização de
transporte, alimentação, acompanhamento, etc.
Neste dia de
aula na sede do CTG/Piquete, deverá se estender o convite para as famílias dos
alunos, para que estes acompanhem e contribuam com a sua realização.
A entidade que
estará sediando o evento recepcionará a escola com o tradicional “café com bolo
frito”, servido gratuitamente aos participantes e durante o dia poderá oferecer
um serviço de copa (bar), para custeio de despesas com som, café e outras.
No almoço
dar-se-á prioridade para um cardápio ligado a “comida campeira”, tais como
Arroz de Carreteiro, Feijão Mexido, Batata Doce, Mandioca, Hortaliças, Suco Natural
e de sobremesa Arroz com Leite, todos estes com aprovação da Drª Nutricionista
da Secretaria de Educação.
Durante este
dia não poderá ter nenhum consumo de bebida alcoólica, cigarros ou outras “drogas”,
nas dependências internas e externas do local do evento ou em contato com os
alunos, pois se trata de um dia letivo para todos e as normas de convivência
deverão ser observadas.
Todo o
processo de organização de cada escola com sua entidade afim será intermediado
e acompanhado por uma pessoa designada pela Secretaria de Educação e este
deverá manter informadas as Secretarias de Educação e a de Cultura, sobre o
andamento organizacional.
As escolas
farão parte deste projeto, por adesão, respeitando as suas características e da
comunidade, ou seja, poderão apenas integrar-se a projetos ligados a cultura
alemã, quilombola, italiana ou outra que venham a ser oferecidos, mas todas
estarão convidadas, pois a cultura gaúcha é justamente constituída com a contribuição
de todos os povos que aqui chegaram e trouxeram a sua bagagem cultural.
Todas as
Entidades Tradicionalistas serão convidadas, sendo elas:
- CTG Joaquim
Paulo de Freitas e seus Piquetes filiados: Piquete São Pedro do Rio Grande e
Aragano;
- CTG Sinuelo;
- CTG
Sentinela da Armada;
- CTG
Desgarrados e seu Piquete Na Honra da Tradição;
- CTG
Sentinela das Coxilhas;
- CTG Cancela
da Querência;
- Piquete
Lanceiros do Sul;
- CTG Raul
Silveira e seus Piquetes filiados: Piquete São Pedro da Boa Vista; Piquete
Manotaço; Piquete Tauras da Querência e Piquete Herdeiros do Laço;
- CTG Lucídio
Saraiva do Amaral;
- CTG
Tropeiros da Amizade e seu Piquete Cerca de Pedras;
- Piquete
Cincerro;
A abertura de
cada encontro Escola - CTG será feita de forma cívica, com Hino, bandeiras e
pronunciamentos das Secretarias de Educação, de Cultura, do patrão do CTG e da Direção
da Escola.
Pretende-se
que as escolas, acompanhem sua entidade parceira, nas Rondas Crioulas e
Desfiles Tradicionalistas, principalmente nos Festejos Farroupilhas, da mesma
forma que a entidade acompanhe mais de perto as atividades da escola, principalmente
na preparação e apresentação na Ciena e eventuais atividades culturais - tradicionalistas
ou não, promovidas pela escola parceira.
As sugestões
de Conteúdos, Temas, Palestras, Filmes e Oficinas a serem ministradas, estarão
sendo construídos e fixados em anexo.
Após cada
encontro se fará uma avaliação, objetivando o melhoramento a cada culminância.
6.
Cronograma
Mês/
Atividade
|
Reunião/
Convite
|
Organização/ nas Escolas
|
Organização nos CTGs
|
Encontros
nos CTGs
|
Avaliação
|
Planejamento
p/ano posterior
|
Março
|
X
|
|||||
Abril
|
X
|
X
|
X
|
X
|
||
Maio
|
X
|
X
|
X
|
X
|
||
Junho
|
X
|
X
|
X
|
X
|
||
Julho
|
X
|
X
|
X
|
X
|
||
Agosto
|
X
|
X
|
X
|
X
|
||
Setembro
|
X
|
X
|
X
|
X
|
||
Outubro
|
X
|
X
|
X
|
X
|
||
Novembro
|
X
|
X
|
X
|
X
|
||
Dezembro
|
X
|
7.
Avaliação
Será considerado positivo se houver a
adesão das Escolas e dos CTGs e acontecer a participação ampla dos alunos e
comunidade e que os Ideais da Tradição Gaúcha sejam absorvidos e valorizados
por todos os envolvidos na execução deste projeto.
8.
Referência
Bibliográfica e para Pesquisa Futura
8.1.
BARBOSA,
Miriam Zuleica Reyes. Projeto Revivendo Tradições. 2009.
8.2.
FAGUNDES,
Antonio Augusto. Curso de Tradicionalismo Gaúcho. 4ª ed. Martins
Livreiro-Editor. Porto Alegre. 2002.
8.3.
FERREIRA,
Cyro Dutra. Campeirismo Gaúcho. MTG. Porto Alegre, 2003.
8.4.
LESSA,
Barbosa. Tese “O Sentido e o Valor do Tradicionalismo”. Aprovada em
1954, no 1º Congresso Tradicionalista em Santa Maria.
8.5.
LIMA,
Jarbas. Tese “O Sentido e o Alcance Social do Tradicionalismo”. Aprovada
em 4 partes e finalizada em 1998, no 43º Congresso Tradicionalista em Santa
Cruz do Sul.
8.6.
MTG.
Coletânea da Legislação Tradicionalista. 9ª ed. MTG. 2012
8.7.
NUNES,
Zeno Cardoso e Rui Cardoso. Dicionário de Regionalismo do RGS. 11ª ed.
Martins Livreiro Editor. Porto Alegre. 2007.
8.8.
SARAIVA,
Glaucus. Carta de Princípios. Documento aprovado em 1961, no 8º
Congresso Tradicionalista em Taquara.
8.9.
Publicações
da Fundação Cultural Gaúcha – MTG
8.10.
Publicações
de Martins Livreiro Editor, de pesquisas gaúchas.
8.11.
Clássicos
da Literatura e da Música Gaúcha.
8.12.
www.mtg.org.br
8.13.
www.paginadogaucho.com.br
8.14.
Outros de sites de configuração confiável,
quanto as suas publicações.