quinta-feira, 21 de março de 2013

Projeto Aprendizado de Galpão


PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E ESPORTES

SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA, TURISMO, JUVENTUDE E MULHERES

 Projeto

Aprendizado de Galpão


Canguçu, fevereiro de 2013.


PROJETO  “APRENDIZADO DE GALPÃO”

1.    Identificação do Projeto
1.1.    Nome do Projeto: Aprendizado de Galpão
1.2.    Coordenação do Projeto: Prefeitura Municipal de Canguçu, através da Secretaria Municipal de Educação e Esportes e Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Juventude e Mulheres.
1.3.    Parceiros: Entidades Tradicionalistas de Canguçu, através de suas patronagens, associados e departamentos;
1.4.    Público Alvo: Alunos das Escolas Municipais, jovens e adultos das entidades tradicionalistas e comunidade escolar.
1.5.    Período de Execução: Março 2013 a Dezembro de 2016.
1.6.    Locais de Planejamento e Execução: Escolas e Sedes Sociais e Campeiras das Entidades Tradicionalistas.
1.7.    Assessoria e Acompanhamento da Execução do Projeto: Prof. Claudiomar Pinto de Oliveira

 2.       Fundamentação Teórica
Os Usos e Costumes do povo gaúcho são ainda vivenciados por muitos de forma natural no dia a dia. Mas observamos que este grupo de pessoas aos poucos está diminuindo na sua originalidade e gerações que vão surgindo estão absorvendo influências estranhas a nossa cultura.
Buscamos embasamento na Tese “O Sentido e o Valor do Tradicionalismo” de Barbosa Lessa, que fez sua publicação em 1954 e desde então tem sido cada vez mais atual quanto à preocupação de mantermos a nossa identidade. Destacamos alguns trechos da tese:
“A cultura, assim, tem por finalidade adaptar o indivíduo não só ao seu ambiente natural, mas também ao seu lugar na sociedade. Toda a cultura inclui uma série de técnicas que ensinam ao indivíduo, desde a infância, a maneira como comportar-se na vida grupal. E graças à Tradição, essa cultura se transmite de uma geração a outra, capacitando sempre os novos indivíduos a uma pronta integração na vida em sociedade.
. . .Sociólogos de renome afirmam que a desintegração social, característica de nossa época, é devida a dois fatores:
Primeiro: o enfraquecimento das culturas locais.Segundo: o desaparecimento gradativo dos "Grupos Locais" comunidades transmissoras de cultura.
. . .o cerne cultural dá, aos indivíduos, a unidade psicológica essencial ao funcionamento da sociedade.
. . . Quando a cultura de determinado povo é invadida por novos hábitos e novas idéias, duas coisas podem ocorrer: se o patrimônio tradicional dessa cultura é coerente e forte, a sociedade só tem a lucrar com o referido contato, pois sabe analisar, escolher e integrar em seio aqueles traços culturais novos que, dentre muitos, realmente sejam benéficos à coletividade; se , porém, a cultura invadida não é predominante e forte, a confusão social é inevitável: idéias e hábitos incoerentes sufocam o núcleo cultural, desnorteando os indivíduos, e fazendo-os titubear entre as crença e valores mais antagônicos. Quem mais sofre com essa confusão social - acentua o sociólogo Donal Pierson - são as crianças e os adolescentes, os responsáveis pela sociedade do porvir.
Crescendo nessas circunstâncias, a criança não sabe como agir, não é capaz de assumir, em seu espírito, qualquer expectativa clara de comportamento. E assim se originam, entre outros, os problemas da delinqüência juvenil, resultados de uma desintegração social.
 . . . As duas unidades mais sociais mais importantes, como transmissoras de cultura, são a "família" e o "grupo local". Através dessas duas unidades, o indivíduo recebe, com maior intensidade, a sua "herança social".
São exemplos de "grupo local", em nossa sociedade, o "vizindário" ou "pago" das populações rurais, bem como as pequenas vilas do interior, ou ainda (um exemplo do passado) os bairros com vida própria das cidades de há alguns anos atrás. Por "grupo local" entende-se o agregado de famílias e de indivíduos avulsos que vivem juntos em certa área, compartilhando hábitos e noções comuns.
. . . Nas zonas rurais, os "grupos locais" ainda conservam um pouco de sua função como portadores de cultura; mas, em geral - devido ao afluxo de Alternativas - os jovens discordam dos padrões culturais antigos.
. . . Através da atividade artística, literária, recreativa ou esportiva, que o caracteriza - sempre realçando os motivos tradicionais do Rio Grande do Sul - o Tradicionalismo procura, mais que tudo, reforçar o núcleo da cultura rio-grandense, tendo em vista o indivíduo que tateia sem rumo e sem apoio dentro do caos de nossa época.
E, através dos Centros de Tradições, o Tradicionalismo procura entregar ao indivíduo uma agremiação com as mesmas características do "grupo local" que ele perdeu ou teme perder: o " pago". Mais que o seu "pago", o pago das gerações que o precederam.
Cada Centro de Tradições Gaúchas, em si, é um novo "Grupo Local".
. . . Tradicionalismo pode constituir-se na maior força a auxiliar o Estado na resolução dos problemas cruciais da coletividade.
. . . E ao dizermos isso, estamos acentuando o erro daqueles que acreditam ser o Tradicionalismo uma tentativa estéril de "retorno ao passado". A realidade é justamente o oposto: o Tradicionalismo constrói para o futuro.
. . . "Tradicionalismo é o movimento popular que visa auxiliar o Estado na consecução do bem coletivo, através de ações que o povo pratica (mesmo que não se aperceba de tal finalidade) com o fim de reforçar o núcleo de sua cultura: graças ao que a sociedade adquire maior tranqüilidade na vida comum".
Para alcançar seus fins, o Tradicionalismo serve-se do Folclore, da Sociologia, da Arte, da Literatura, do Esporte, da Recreação, etc. Tradicionalismo não se confunde, pois, com Folclore, Literatura, Teatro, etc. Tudo isso constitui MEIOS para que o Tradicionalismo alcance seus fins. Não se deve confundir o Tradicionalismo, que é um movimento,, com o Folclore, a História, a Sociologia, etc., que são ciências. Não se deve confundir o folclorista, por exemplo, com o tradicionalista: aquele é o estudioso de uma ciência, este é o soldado de um movimento. Os Tradicionalistas não precisam tratar cientificamente o folclore; estarão agindo eficientemente se servirem dos estudos dos folcloristas, como base de ação, e assim reafirmarem as vivências folclóricas no próprio seio do povo.
As duas grandes questões do tradicionalismo:
a) atenção especial às novas gerações
Deve, o Tradicionalismo, operar com intensidade no setor infantil ou educacional, para que o movimento tradicionalista não desapareça com a nossa geração. Porque nós - os tradicionalistas de primeira arrancada - entramos para os Centros de Tradições Gaúchas movidos pela necessidade psicológica de encontrar o "grupo local" que havíamos perdido ou que temíamos perder. Mas as gerações novas não chegaram a conhecer o grupo local como unidade social autêntica, e somente seguirão nossos passos por força de impulsos que a educação lhes ministrar.
Por isso não temo afirmar que o dia mais glorioso para o movimento tradicionalista será aquele em que a classe de Professores Primários do Rio Grande do Sul - consciente do sentido profundo desse gesto, e não por simples atitude de simpatia - oferecer seu decisivo apoio a esta campanha cultural.
Aliás, não se concebe que as Escolas Primárias continuem por mais tempo apartadas do movimento tradicionalista. Pois a maneira mais segura de garantir à criança o seu ajustamento à sociedade é precisamente fazer com que ela receba, de modo intensivo, aquela massa de hábitos, valores, associações e reações emocionais - o patrimônio tradicional, em suma - imprescindíveis para que o indivíduo se integre eficientemente na cultura comum.
  b) assistência ao homem do campo
A idéia nuclear das Tradições Gaúchas é a figura do campeiro das nossas estâncias. Por isso, é sumamente necessário que o Tradicionalismo ampare social e moralmente o homem do campo.
. . . Daí a razão por que precisamos mostrar às novas gerações - bem como àqueles que, vindos de terras distantes, acorrerem à nossa querência - que as tradições gaúchas são realmente belas, e que o gaúcho merece realmente a nossa admiração.
. . . Prestigiando as tradições gaúchas e prestando assistência moral e social ao homem do campo, o Tradicionalismo estará contribuindo de maneira inestimável para a solução do problema que ora sufoca a nossa vida econômica: o êxodo rural, a crise agrícola.
. . . Assim sendo, se o campesino se considera inferior ao citadino, mais cedo ou mais tarde tentará procurar a cidade, para ali competir com quem lhe rouba a posição social.
Prestigiando as tradições gaúchas, e prestando assistência moral e social ao homem do campo, o Tradicionalismo estará convencendo o campesino da dignidade e importância do seu "status".

O sr. Jarbas Lima na sua tese: “O sentido e o alcance social do tradicionalismo”, concluída em 1998, nos instiga às seguintes reflexões ou conclusões:
. . .Entre os seres humanos, a principal unidade de luta pela vida não é o indivíduo, mas o grupo, a sociedade.
. . .O tradicionalismo é, pois, um movimento que ser caracteriza por identificar os valores da tradição inseridos no plano da cultura da sociedade Riograndense, com o intuito de preservá-los, difundi-lo, organizá-los.
. . .Se os valores da tradição situam-se no plano da cultura, convém lembrar que é a cultura que distingue e identifica os povos.
. . . Destaco os valores básicos da tradição gaúcha: o espírito associativo, o nativismo, o respeito à palavra dada, a defesa da honra, a coragem, o cavalheirismo, a conduta ética, o amor à liberdade, o sentimento de igualdade, a politização, o senso de modernidade.
. . .Pelo princípio da identidade, todo movimento social tem que assumir uma identidade, reconhecível aos olhos do público em geral e de seus próprios participantes. . . e o MTG se encontra nesta categoria.
Principalmente nestas duas teses e com os objetivos da Carta de Princípios, é que fundamentamos a importância da relação Escola - CTG (Centro de Tradições Gaúchas), na forma mais ampla possível.

3.       Justificativa

Ainda existe, por parte de alguns, a idéia errônea de que ao falar em tradição, estamos falando em algo velho, empoeirado, contrário ao desenvolvimento e pobre de significado nos dias atuais. Seria então o progresso algo novo e não baseado em crenças e costumes dos antepassados, algo que acompanhasse o tempo e suas inovações? Acompanhando esta idéia, o Tradicionalismo seria desta forma, um obstáculo ao progresso, apenas um saudosismo? O progresso seria o modismo e todos os modelos que nos vem importados de outros paises como vestimentas, músicas, danças, etc.?
Tradição, porém, significa o ato de transmitir ou entregar.  Em outras palavras, podemos conceituar tradição como uma linha invisível que une o passado, o presente e o futuro de um povo, entregando ou transmitido o que foi bom, aperfeiçoando no presente e projetando o futuro, baseado no que deu certo; indica, enfim, aquilo que marca profundamente a "alma" de um país e sua identidade como nação.
A tradição cultua valores que se mantêm ao longo das gerações, e algo que se modifica com elas. Pressupõe uma mesma identidade sendo projetada ao longo dos séculos; em outras palavras, significa fazer dos descendentes uma continuação.
É através da tradição que o progresso se faz com segurança, iluminado pelas experiências do passado, pensando o futuro, consolidando a identidade de um povo.
O Canguçu é privilegiado com a existência de várias Entidades Tradicionalistas, quer sejam CTGs ou Piquetes, tanto na zona urbana quanto rural do nosso município. E estes ao buscar o processo de reconhecimento e filiação ao MTG, firmam compromisso de zelar, preservar e difundir os Usos e Costumes do Rio Grande do Sul de forma correta e autêntica, cumprindo assim o seu papel cultural e ao mesmo tempo social em sua comunidade.
Nossas escolas, quase na sua totalidade, já desenvolvem algumas atividades ligadas ao Tradicionalismo Gaúcho, principalmente voltadas à participação na Ciranda Estudantil Nativista – CIENA, com o empenho dos professores e comunidade, as quais entendemos que muito mais fariam tendo o apoio e acompanhamento na construção deste trabalho.
Muitas das nossas escolas estão localizadas nas proximidades destas entidades, tendo oportunidade de conhecer e explorar estes espaços, mas na maioria das vezes este elo de aproximação não acontece e os nossos jovens acabam não tendo acesso a toda uma organização cultural e intelectual que muito acrescentaria na sua formação cidadã.
As entidades, no entanto, muitas vezes com suas patronagens ligadas mais diretamente a uma administração interna, não buscam na escola um público para apreciar, conhecer e acrescentar em seus propósitos tradicionalistas.
Com base no acima exposto, o projeto “Aprendizado de Galpão”, visa dar significado ao Folclore e a Cultura Tradicional Gaúcha no ambiente escolar ligando diretamente com as Entidades Tradicionalistas, buscando um espaço para preservá-la e vivenciá-la, uma vez que Tradição e Folclore é um legado muito forte, e devem ser mais valorizados e pelo fato de termos duas instituições tão próximas geograficamente e tão distante de interação é que justificamos a execução deste projeto, que propiciará a soma de valores entre os envolvidos.
  
4. Objetivos
4.1.    Trabalhar integradamente a Secretaria Municipal de Educação e Esportes, com a Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Juventude e Mulheres.
4.2.    Incluir a Cultura Gaúcha, no processo educacional no município.
4.3.    Oportunizar a vivência dentro do ambiente escolar, da cultura e tradição de nosso povo.
4.4.    Integrar as Escolas com os Centros de Tradições Gaúchas - CTGs.
4.5.    Organizar períodos letivos, nas sedes das Entidades Tradicionalistas.
4.6.    Oferecer subsídios de preparo para a Ciranda Estudantil Nativista.
4.7.    Despertar e valorizar os talentos artísticos de nossos estudantes.
4.8.    Desenvolver atividades artísticas, culturais, campeiras e de esportes da Tradição Gaúcha.
4.9.    Conhecer e cumprir diretrizes do Tradicionalismo Gaúcho.
4.10.   Contribuir na organização e na participação das escolas dos Festejos Farroupilhas.
4.11.   Oferecer acompanhamento e subsídios às escolas para a execução deste projeto.
4.12.   Proporcionar o intercâmbio entre Escola – CTG.
4.13.   Auxiliar as Entidades Tradicionalistas na organização dos seus Departamentos artísticos-culturais, principalmente.
4.14.   Manter um Blog informativo de todas as atividades do Projeto, www.aprendizadodegalpao.blogspot.com e por email:
                        aprendizadodegalpao@gmail.com
4.15.   Buscar patrocínios ou convênios para confeccionar material de divulgação e registro dos trabalhos dos alunos, tais como folders, cartazes, adesivos e etc.
4.16.   Organizar visitas e excursões a pontos históricos no município e cidades históricas;
4.17.   Estudar e conhecer as culturas formadoras do nosso município e estado.
4.18.  Levar o educando a compreender que as manifestações folclóricas são próprias de cada povo e que, assim sendo, nosso Estado bem como nosso município as possuem e que estas diferem de outros estados e municípios.
4.19.   Valorizar os conhecimentos, crenças e costumes de gerações passadas ;
4.20.   Fomentar a pesquisa sobre Usos e Costumes do Gaúcho.
4.21.   Buscar a participação da família e da comunidade, na execução deste projeto.
4.22.  Captar recursos através de Programas Educacionais Institucionais, para custear prováveis despesas com palestrantes, aluguéis, oficineiros e outros.
4.23.   Observar a Carta de Princípios do Tradicionalismo, de Glaucus Saraiva, de 1961, que fixa os objetivos do Movimento Tradicionalista Gaúcho, principalmente nos seguintes itens:
4.23.1. 
II - Cultuar e difundir nossa História, nossa formação social, nosso folclore, enfim, nossa Tradição, como substância basilar da nacionalidade.
III - Promover, no meio do nosso povo, uma retomada de consciência dos valores morais do gaúcho.
IV - Facilitar e cooperar com a evolução e o progresso, buscando a harmonia social, criando a consciência do valor coletivo, combatendo o enfraquecimento da cultura comum e a desagregação que daí resulta.
VI - Preservar o nosso patrimônio sociológico representado, principalmente, pelo linguajar, vestimenta, arte culinária, forma de lides e artes populares.
VII - Fazer de cada CTG um núcleo transmissor da herança social e através da prática e divulgação dos hábitos locais, noção de valores, princípios morais, reações emocionais, etc.; criar em nossos grupos sociais uma unidade psicológica, com modos de agir e pensar coletivamente, valorizando e ajustando o homem ao meio, para a reação em conjunto frente aos problemas comuns.
VIII - Estimular e incentivar o processo aculturativo do elemento imigrante e seus descendentes.
IX - Lutar pelos direitos humanos de Liberdade, Igualdade e Humanidade.
X - Respeitar e fazer respeitar seus postulados iniciais, que têm como característica essencial a absoluta independência de sectarismos político, religioso e racial.
XI - Acatar e respeitar as leis e poderes públicos legalmente constituídos, enquanto se mantiverem dentro dos princípios do regime democrático vigente.
XVI - Repudiar todas as manifestações e formas negativas de exploração direta ou indireta do Movimento Tradicionalista.
XVIII - Incentivar, em todas as formas de divulgação e propaganda, o uso sadio dos autênticos motivos regionais.
XIX - Influir na literatura, artes clássicas e populares e outras formas de expressão espiritual de nossa gente, no sentido de que se voltem para os temas nativistas.
XX - Zelar pela pureza e fidelidade dos nossos costumes autênticos, combatendo todas as manifestações individuais ou coletivas, que artificializem ou descaracterizem as nossas coisas tradicionais.
XXI - Estimular e amparar as células que fazem parte de seu organismo social.
XXII - Procurar penetrar a atuar nas instituições públicas e privadas, principalmente nos colégios e no seio do povo, buscando conquistar para o Movimento Tradicionalista Gaúcho a boa vontade e a participação dos representantes de todas as classes e profissões dignas.
XXIII - Comemorar e respeitar as datas, efemérides e vultos nacionais e, particularmente o dia 20 de setembro, como data máxima do Rio Grande do Sul.
XXIV - Lutar para que seja instituído, oficialmente, o Dia do Gaúcho, em paridade de condições com o Dia do Colono e outros "Dias" respeitados publicamente.
XXV - Pugnar pela independência psicológica e ideológica do nosso povo.
XXVI - Revalidar e reafirmar os valores fundamentais da nossa formação, apontando às novas gerações rumos definidos de cultura, civismo e nacionalidade.
XXVII - Procurar o despertamento da consciência para o espírito cívico de unidade e amor à Pátria.
XXIX - Buscar, finalmente, a conquista de um estágio de força social que lhe dê ressonância nos Poderes Públicos e nas Classes Rio-Grandenses para atuar real, poderosa e eficientemente, no levantamento dos padrões de moral e de vida do nosso Estado, rumando, fortalecido, para o campo e homem rural, suas raízes primordiais, cumprindo, assim, sua alta destinação histórica em nossa Pátria.

5.    Metodologia
Inicialmente organizaremos um mapeamento geográfico de proximidades e afinidades entre escolas e entidades, para sugestionar as inter-relações.
 Após faremos uma reunião com as Entidades Tradicionalistas, que possuam sede social ou campeira e que estejam regularmente filiadas à 21ª Região Tradicionalista e ao MTG – Movimento Tradicionalista Gaúcho, para oficializarmos o convite de parceria para a realização de contatos interativos com as escolas de maior proximidade e afinidades, onde estarão colocando suas sedes a disposição das escolas, para dias de visitas e realização de oficinas, palestras, amostras, apresentações, práticas campeiras, esportivas e etc., ou seja, a realização de dia letivo para esta escola.
Durante um período anterior as escolas irão internamente se preparando para este dia e mantendo contato com a Entidade para organizarem a logística do evento.
Da mesma forma a Entidade Tradicionalista buscará entre os seus associados, pessoas com habilidades de cunho tradicional que possam demonstrar e ministrar oficinas aos jovens. Oportunidade ainda que os seus titulados, possam realizar os seus projetos de titulação.
Também buscaremos a parceria de tradicionalistas da 21ª RT e de outros conhecedores da cultura gaúcha, para ministrar as oficinas, amostras ou palestras.
O organograma de cada Escola/Entidade será organizado em combinação de ambas as partes e comunicado com antecedência a Secretaria de Educação, para organização de transporte, alimentação, acompanhamento, etc.
Neste dia de aula na sede do CTG/Piquete, deverá se estender o convite para as famílias dos alunos, para que estes acompanhem e contribuam com a sua realização.
A entidade que estará sediando o evento recepcionará a escola com o tradicional “café com bolo frito”, servido gratuitamente aos participantes e durante o dia poderá oferecer um serviço de copa (bar), para custeio de despesas com som, café e outras.
No almoço dar-se-á prioridade para um cardápio ligado a “comida campeira”, tais como Arroz de Carreteiro, Feijão Mexido, Batata Doce, Mandioca, Hortaliças, Suco Natural e de sobremesa Arroz com Leite, todos estes com aprovação da Drª Nutricionista da Secretaria de Educação.
Durante este dia não poderá ter nenhum consumo de bebida alcoólica, cigarros ou outras “drogas”, nas dependências internas e externas do local do evento ou em contato com os alunos, pois se trata de um dia letivo para todos e as normas de convivência deverão ser observadas.
Todo o processo de organização de cada escola com sua entidade afim será intermediado e acompanhado por uma pessoa designada pela Secretaria de Educação e este deverá manter informadas as Secretarias de Educação e a de Cultura, sobre o andamento organizacional.
As escolas farão parte deste projeto, por adesão, respeitando as suas características e da comunidade, ou seja, poderão apenas integrar-se a projetos ligados a cultura alemã, quilombola, italiana ou outra que venham a ser oferecidos, mas todas estarão convidadas, pois a cultura gaúcha é justamente constituída com a contribuição de todos os povos que aqui chegaram e trouxeram a sua bagagem cultural.


Todas as Entidades Tradicionalistas serão convidadas, sendo elas:
- CTG Joaquim Paulo de Freitas e seus Piquetes filiados: Piquete São Pedro do Rio Grande e Aragano;
- CTG Sinuelo;
- CTG Sentinela da Armada;
- CTG Desgarrados e seu Piquete Na Honra da Tradição;
- CTG Sentinela das Coxilhas;
- CTG Cancela da Querência;
- Piquete Lanceiros do Sul;
- CTG Raul Silveira e seus Piquetes filiados: Piquete São Pedro da Boa Vista; Piquete Manotaço; Piquete Tauras da Querência e Piquete Herdeiros do Laço;
- CTG Lucídio Saraiva do Amaral;
- CTG Tropeiros da Amizade e seu Piquete Cerca de Pedras;
- Piquete Cincerro;
A abertura de cada encontro Escola - CTG será feita de forma cívica, com Hino, bandeiras e pronunciamentos das Secretarias de Educação, de Cultura, do patrão do CTG e da Direção da Escola.
Pretende-se que as escolas, acompanhem sua entidade parceira, nas Rondas Crioulas e Desfiles Tradicionalistas, principalmente nos Festejos Farroupilhas, da mesma forma que a entidade acompanhe mais de perto as atividades da escola, principalmente na preparação e apresentação na Ciena e eventuais atividades culturais - tradicionalistas ou não,  promovidas pela escola parceira.
As sugestões de Conteúdos, Temas, Palestras, Filmes e Oficinas a serem ministradas, estarão sendo construídos e fixados em anexo.

Após cada encontro se fará uma avaliação, objetivando o melhoramento a cada culminância.

6.     Cronograma

Mês/
Atividade
Reunião/
Convite
Organização/ nas Escolas
Organização nos CTGs
Encontros
nos CTGs
Avaliação
Planejamento
p/ano posterior
Março
X




              
Abril

X
X
X
X

Maio

X
X
X
X

Junho

X
X
X
X

Julho

X
X
X
X

Agosto

X
X
X
X

Setembro

X
X
X
X

Outubro

X
X
X
X

Novembro

X
X
X
X

Dezembro





X


7.     Avaliação

Será considerado positivo se houver a adesão das Escolas e dos CTGs e acontecer a participação ampla dos alunos e comunidade e que os Ideais da Tradição Gaúcha sejam absorvidos e valorizados por todos os envolvidos na execução deste projeto.

 8.     Referência Bibliográfica e para Pesquisa Futura

8.1.    BARBOSA, Miriam Zuleica Reyes. Projeto Revivendo Tradições. 2009.
8.2.    FAGUNDES, Antonio Augusto. Curso de Tradicionalismo Gaúcho. 4ª ed. Martins Livreiro-Editor. Porto Alegre. 2002.
8.3.    FERREIRA, Cyro Dutra. Campeirismo Gaúcho. MTG. Porto Alegre, 2003.
8.4.    LESSA, Barbosa. Tese “O Sentido e o Valor do Tradicionalismo”. Aprovada em 1954, no 1º Congresso Tradicionalista em Santa Maria.
8.5.    LIMA, Jarbas. Tese “O Sentido e o Alcance Social do Tradicionalismo”. Aprovada em 4 partes e finalizada em 1998, no 43º Congresso Tradicionalista em Santa Cruz do Sul.
8.6.    MTG. Coletânea da Legislação Tradicionalista. 9ª ed. MTG. 2012
8.7.    NUNES, Zeno Cardoso e Rui Cardoso. Dicionário de Regionalismo do RGS. 11ª ed. Martins Livreiro Editor. Porto Alegre. 2007.
8.8.    SARAIVA, Glaucus. Carta de Princípios. Documento aprovado em 1961, no 8º Congresso Tradicionalista em Taquara.
8.9.    Publicações da Fundação Cultural Gaúcha – MTG
8.10.  Publicações de Martins Livreiro Editor, de pesquisas gaúchas.
8.11.  Clássicos da Literatura e da Música Gaúcha.
8.12.  www.mtg.org.br
8.13.  www.paginadogaucho.com.br
8.14.   Outros de sites de configuração confiável, quanto as suas publicações.